Governança: qual a sua importância em empresas familiares?

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Saiba a importância da Governança Corporativa em empresas familiares e na gestão do negócio.

Saiba tudo sobre a Governança Corporativa em empresas familiares e faça uma melhor gestão do negócio

No artigo “A profissionalização e a sucessão em empresas familiares”, explicamos o que é uma empresa familiar, os principais objetivos e os seus desafios, além de abordar um pouco sobre os benefícios da profissionalização do negócio.

No artigo de hoje, iremos mostrar um pouco sobre a governança corporativa, focando na gestão das empresas. 

A ideia é demonstrar o significado de governança, a estrutura que a empresa precisa ter para ser considerada como profissional nesse requisito, os principais problemas encontrados na implantação da governança e como solucioná-los, além de demonstrar qual o papel do fundador e dos sócios nesse processo.

Sendo assim, esperamos que nosso conteúdo possa agregar de forma significativa em seu conhecimento. Tenha uma ótima leitura!

O atual cenário da Governança Corporativa em empresas familiares

Todo assunto novo, para a maioria dos empresários, gera desconforto no início. Isso aconteceu no campo das novas técnicas e tecnologias ao longo do tempo.

No mundo atual, as decisões devem ser muito mais rápidas. Certamente, não haverá mais lugar para aqueles que tiverem como característica a lentidão no pensar e agir, principalmente no meio empresarial.

Isso está ocorrendo com a “Governança Corporativa”. Para muitos que duvidam da sua importância e necessidade, quando quiserem adotá-la, poderá ser tarde demais!

Significado e aplicabilidade da Governança em empresas familiares 

Indo direto ao ponto, “Governança Corporativa” é um sistema de estrutura empresarial moderno, que serve para administrar todos os negócios da família.

 A governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas, sócios, Conselho de Administração/Consultivo, Diretoria, auditoria independente, Conselho Fiscal e Conselho de Família.

Abaixo, listamos, em forma de tópicos, alguns “mandamentos” das melhores práticas mundiais relacionadas à governança corporativa:

  • A boa governança se desenvolve em torno dos princípios básicos da transparência, da equidade, da prestação de contas e da responsabilidade corporativa;
  • Seus maiores objetivos são a criação de valor para os sócios e para os demais parceiros, a melhoria do desempenho operacional e a maior facilidade de captação de recursos a custos mais baixos, assegurando a estabilidade da organização e atendendo aos seus objetivos econômicos, ambientais e sociais;
  • Independente da sua forma societária e de ter capital aberto ou fechado, toda sociedade deveria ter um Conselho de Administração/Consultivo eleito pelos sócios, sem perder de vista todas as demais partes interessadas, o objetivo social e a sustentabilidade da sociedade em longo prazo;
  • Os conselheiros devem sempre decidir pelo interesse da sociedade como um todo, independentemente de quem os indicou e elegeu;
  • A “Missão” do Conselho de Administração é a de proteger e valorizar o patrimônio da companhia, bem como maximizar o retorno do investimento;
  • As funções de fiscalização e controle devem ser exercidas, sempre que possível, de forma independente e integrada, pela Auditoria Interna, Auditoria Externa, Conselho Fiscal e Comitê de Auditoria;
  • Toda sociedade deve ter um código de conduta baseado em princípios éticos, aprovado pelo Conselho de Administração e aplicável a todos os colaboradores e administradores.

A governança é aplicável em qualquer empresa familiar, de qualquer tamanho e de qualquer ramo. O segredo do sucesso é saber adaptar valores que podem ser alimentados pela governança.

A transparência é essencial

Toda empresa precisa ter transparência em suas relações, tanto interna quanto externa. As companhias estão expostas a riscos e situações inesperadas (tragédias, acidentes, vazamento de dados, entre outras) que podem abalar sua reputação e acabar com a empresa da noite para o dia.

Mais do que a “obrigação de informar”, a administração deve cultivar o “desejo de informar”, sabendo que a boa comunicação interna e externa, particularmente quando espontânea, franca e rápida, resulta em um clima de confiança, tanto interna quanto externamente, nas relações da empresa com terceiros.

A comunicação não deve se restringir ao desempenho econômico-financeiro, mas deve contemplar também os demais fatores (inclusive intangíveis – capital intelectual) que norteiam a ação empresarial e que conduzem à criação de valor.

Assembleia Geral / Reunião de Sócios

A Assembleia Geral/Reunião de Sócios é o órgão soberano da sociedade. Recomenda-se que a convocação seja feita com antecedência mínima de 30 dias, com o envio do respectivo material acerca dos assuntos a serem deliberados. Assembleias poderão ser ordinárias ou extraordinárias. 

As principais competências exclusivas da Assembleia Geral são:

  • Aumento ou redução do capital social e outras reformas do estatuto social/contrato social;
  • Tomada das contas dos administradores e deliberação anual sobre as demonstrações financeiras; e
  • Deliberação sobre transformação, fusão, incorporação, cisão, dissolução e liquidação da sociedade.

Conselho da família

Sociedades familiares devem considerar a implementação de um “Conselho de Família”, que é um pequeno grupo confiável, formado para discussão de assuntos familiares e organização das expectativas em relação à sociedade.

Entre as principais práticas do conselho de família, estão: 

  • Definição de limites entre interesses familiares e empresariais;
  • Preservação dos valores familiares (história, cultura e visão compartilhada);
  • Estratégias para proteção patrimonial, crescimento, diversificação e administração de bens;
  • Planejamento de sucessão e transmissão de bens e herança;
  • Definição de critérios para indicar membros para compor o Conselho de Administração.

Conselho de Administração/Consultivo

A existência de um Conselho de Administração/Consultivo é uma boa prática, sobretudo para sociedades familiares. O Conselho permite que profissionais independentes possam contribuir para a organização e para que ela viva um processo de melhoria gradual da governança corporativa.

O papel de cada conselheiro, assim como as responsabilidades, devem ser bem definidos. O conselheiro pode ser independente, interno ou externo, mas o Conselho deve ser formado, em sua maioria, por conselheiros independentes, contratados por meio de processos formais com escopo de atuação e qualificação bem-demarcados.

As principais qualificações que se espera de um conselheiro são:

  • Capacidade de ler e entender relatórios gerenciais e financeiros;
  • Ausência de conflito de interesse;
  • Alinhamento com os valores da sociedade;
  • Conhecimento das melhores práticas de governança corporativa;
  • Integridade pessoal;
  • Visão estratégica.

É preciso destacar que é importante que o Conselho possa unir pessoas que tenham diferentes experiências, conhecimento e perfis, de forma a reunir a experiência de participação em outros conselhos e aplicar na administração de crises, na identificação e no controle de riscos.

Além de absorver amplo conhecimento sobre finanças, contabilidade, mercado nacional e internacional, e, sobretudo, sobre atuação da sociedade familiar.

Principais problemas da Governança em empresas familiares e como solucioná-las 

Abaixo, listamos os principais problemas encontrados em empresas familiares:

  • Falta de preparo de dirigentes e herdeiros;
  • Ausência de cultura profissional na empresa;
  • Individualismo, tanto dos dirigentes quanto dos funcionários;
  • Muitos sócios e herdeiros sem papel e responsabilidade definidos;
  • Processos e sistemas falhos.

Para corrigir os problemas e a empresa familiar alcançar pleno sucesso na gestão, é necessário superar alguns obstáculos e implantar algumas ferramentas na sociedade. Veja abaixo:

  1. Em primeiro lugar, deve ser preparado um planejamento estratégico de governança;
  2. Criação de normas internas e planejamento da implantação na empresa, negociando com os responsáveis de cada área para conseguir o máximo de apoio;
  3. Criação de pequenos grupos para debates participativos, com o objetivo de encontrar prioridades com base no que foi definido no planejamento estratégico;
  4. Viabilizar as aprovações da diretoria para as mudanças culturais e para procedimentos e propostas;
  5. Implantação de sistemas de controles e ferramentas para acompanhamento das metas definidas no planejamento estratégico elaborado.

O papel do fundador, dos sócios e dos herdeiros. 

O fundador, caso esteja vivo, tem influência decisiva nas decisões da empresa. Muitas vezes, ele precisa deixar a diretoria executiva e operacional para assumir uma cadeira no Conselho de Administração/Consultivo – em casos como idade, aposentadoria, delegação, profissionalização empresarial, entre outros.

A sua capacidade diferenciada de liderança e o seu conhecimento sobre o negócio deverão ser diferenciais para deixar um excelente legado para os descendentes. Sempre que possível, ele deve atuar como mentor para os mais novos e, com base na sua sabedoria, agir para evitar conflitos familiares.

Os sócios possuem papel tão importante quanto o fundador. Em algumas empresas, pode acontecer de nem todos os sócios pertencerem à mesma família. Nesses casos, existem várias famílias envolvidas e interessadas no negócio, o que normalmente complica a situação; mas a competência somada de cada sócio deve gerar eficácia global e sinergia para a companhia. Os sócios devem planejar e organizar planos específicos de sucessão.

Os herdeiros devem se esforçar para dar continuidade ao negócio da família, seja se profissionalizando (em âmbito nacional ou internacional) ou desenvolvendo trabalhos internos em departamentos importantes, com o objetivo de ocupar um cargo relevante na empresa. 

Sem dúvida, será importante para a empresa ter herdeiros que desejem realmente trabalhar no negócio da família; caso contrário, podem complicar algumas situações, como a venda/compra de patrimônio, acordos e alianças estratégicas com novos parceiros, dentre outras.

CONCLUSÃO

Veja que a Governança Corporativa não é um processo fácil de ser implementado em empresas familiares, mas traz muitos benefícios para as que a aderem.

 Ficou interessado sobre o tema e quer saber mais? Então acompanhe nossas postagens semanais.

Se você é fundador, sócio, gestor, herdeiro ou simplesmente trabalha em uma empresa familiar que ainda não possui um nível de profissionalização satisfatório, é importante dizer que esse processo é possível de ser realizado com a ajuda de uma consultoria especializada e um plano de ação bem-elaborado.

Se tiver dúvidas de como fazer a profissionalização da sua empresa, conte com a ARVI Consultoria, nós podemos ajudar você nesse processo.

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